Banco Central tenta conter a inflação que se aproxima de 100%
Com altos índices de desemprego, inflação a quase 100%, a crise financeira da Argentina vem aumentando a cada mês. O Banco Central, na tentativa de alavancar a moeda e conter os aumentos, elevou a taxa básica de juros para 75%. A taxa de referência utilizada pelo banco é a Leliq que foi aumentada em mais de 5%. Isso ocorreu logo após a divulgação dos dados dos produtos de comércio e varejo mostrando um aumento nos preços de quase 80% ao ano em agosto, número mais alto dos últimos trinta anos.
No comunicado oficial que informava o aumento da taxa de juros, também foi ressaltado a intenção do governo em reduzir as dívidas de curto prazo detido pelo BC no próximo ano, mas não deu mais detalhes sobre como ocorrera essa renegociação.
Economistas argentinos estão preocupados que a medida não seja suficiente para conter a inflação e a depreciação acentuada que o peso vem sofrendo nos últimos anos. Isso pode colocar ainda mais famílias na linha da pobreza. Institutos de economia da Argentina já anteciparam: a inflação ultrapassara a barreira de 95% muito em breve.
O ministro da economia vem sofrendo pressão depois que permitiu a desvalorização da taxa de câmbio para o mês de setembro para os produtores de soja – o maior produto de exportação do país – em uma tentativa de reabastecer as reservas, cada vez menores. Além disso, o peso se desvaloriza a cada dia, em relação ao dólar, atualmente 143 para um.