O novo acessório do Google não é um smartphone, mas uma extensão dele
Depois de muito tempo, o Google finalmente resolveu dar uma resposta ao Apple Watch, que funciona apenas com o Iphone. O novo concorrente é o Pixel Watch, muito parecido com um Fitbit que alguns brasileiros já utilizam nas academias de ginástica do Brasil e é projetado para funcionar apenas com telefone Android. Esta é mais uma guerra entre as gigantes do mercado, onde o consumidor pode sair perdendo.
Há quase uma década, a Fitbit era uma marca bem-sucedida que fazia relógios de monitoramento de ginástica e pequenos pedômetros para contar passos. Um de seus atrativos era que os pequenos equipamentos funcionavam em celulares com o sistema operacional do Google ou da Apple. Depois que o Apple Watch foi introduzido em 2015, as vendas da Fitbit diminuíram e suas ações caíram. Em 2021, o Google então adquiriu a empresa por 2,1 bilhões de dólares (cerca de 11,17 bilhões de reais).
No site do Google, o Pixel Watch, primeiro resultado da fusão das duas empresas, está saindo mais caro que o concorrente, a partir de 350 dólares (1863 reais). O Apple Watch SE, modelo mais simples, pode ser encontrado a partir de 249 dólares (cerca de 1325 reais). A sua versão mais sofisticada e luxuosa, o novo modelo Apple Watch Hermès Series 8, está saindo por 1759 dólares (cerca de 9360 reais).
Além da diferença no preço, eles não têm o mesmo design. O rosto circular do Pixel Watch se assemelha mais a um relógio tradicional. A face retangular do Apple Watch espreme mais pixels na tela e se parece mais com um relógio calculadora. (nenhum deles concorre com a beleza de um relógio com ponteiros analógicos, são propostas diferentes).
Do ponto de vista de negócios, faz todo sentido o Google unir o Pixel Watch ao Android. Se o relógio se tornar um sucesso, pode dar aos proprietários do iPhone uma razão para mudar para o Android.
No fim, para quem compra um deles, fica mais difícil mudar mais tarde para um telefone iPhone ou Android para quem não fica satisfeito com qualquer os resultados – porque, além de se livrar de um celular, há um relógio para deixar de lado também. É preciso ter isso em mente antes de considerar comprar um Pixel Watch ou um Apple Watch.
Quando o repórter Brian X. Chen, do The New York Times, resolveu fazer um exercício de escalada para comparar os dois relógios, o Pixel Watch mediu uma frequência cardíaca menor que o Apple Watch. Durante as subidas mais duras, quando ele quase ficou sem fôlego, o Apple Watch deu uma leitura de 150 batidas por minuto e o Pixel Watch de 125. Em subidas mais fáceis, o Apple Watch mediu cerca de 130 batidas por minuto e o Pixel Watch 110. Para o jornal, o Google anunciou em comunicado que seu relógio e o Apple Watch usavam algoritmos diferentes e que acreditava que o rastreamento da frequência cardíaca do Pixel Watch era preciso.