GUERRA
Após 8 meses de guerra, Macron diz que acordo de paz depende da Ucrânia

Após 8 meses de guerra, Macron diz que acordo de paz depende da Ucrânia

Presidente francês disse que os ucranianos serão os únicos a "escolher o momento e os termos" da paz na guerra com a Rússia

Por: Mario Augusto
Da redação | 24 de outubro de 2022 - 13:38
Após 8 meses de guerra, Macron diz que acordo de paz depende da Ucrânia

Os comentários do presidente francês, feitos durante uma Conferência de Paz em Roma, repercutiram na imprensa internacional porque nesta segunda-feira a guerra na Ucrânia completa  oito meses.

Neste tempo, o conflito militar ceifou a vida de milhares de soldados dos dois lados e causou um gigantesco impacto econômico para a economia global.
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Emmanuel Macron tem se mostrado um defensor incondicional do diálogo permanente com Moscou como meio para possíveis negociações de paz.

Evitar humilhação russa

Macron chegou a dizer que o ocidente deveria evitar a humilhação da Rússia num eventual acordo de paz, declaração que não foi bem recebida na Ucrânia.

Bombeiros em ação após ataque de drone kamikaze russo em prédio residencial em Kiev (AP Photo/Efrem Lukatsky)

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse que tais preocupações “só podem humilhar a França e todos os outros países que pedirem por isso”.

O ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger, voz sempre ouvida nesse tipo de conflito internacional, apesar de seus 99 anos, também já havia indicado o tom mais adequado nas negociações de paz. Em maio, Kissinger disse que Kiev deveria ceder território para ajudar a acabar com a guerra e alertou que “uma perda embaraçosa para a Rússia poderia desestabilizar a Europa”.

No entanto, a Ucrânia já deixou claro que não aceitará nenhum acordo de paz que dependa da entrega de território à Rússia, e depois que Moscou declarou ilegalmente que estava anexando quatro regiões ucranianas, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky descartou formalmente as negociações de paz.

Macron enfatizou que as sanções dos países ocidentais para enfraquecer a Rússia, sem um envolvimento direto na guerra, serviram para preparar o terreno para a Ucrânia “escolher a paz”, disse. “Isso significa que há uma perspectiva de paz, e ela existirá em algum momento”, completou.

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