SAÚDE

Álcool só para maiores de 40

Jovens não devem beber e os idosos apenas em pouca quantidade

Por: Lucas Saba
Da redação | 12 de agosto de 2022 - 22:00

Os jovens enfrentam sérios riscos a sua saúde consumindo bebida alcoólica, enquanto os adultos com mais de 40 anos, sem problemas de saúde, podem se beneficiar de um copo de vinho por dia. Esta é a conclusão do Estudo Global de Morbidade (Global Burden of Disease Study) da Universidade de Washington.

O levantamento foi feito por mais de 1.800 pesquisadores de 127 países, com o objetivo é estudar as principais causas de morbidade e mortalidade, em escala global.

De acordo com a pesquisa o consumo moderado de álcool por adultos reduz o caso de doenças cardiovasculares, derrame e diabetes. Os autores do estudo fazem recomendações para governos por todo o mundo para criarem regras mais rígidas de consumo alcoólico para pessoas de 15 a 39 anos.
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“Nossa mensagem é simples: os jovens não devem beber, mas os mais velhos podem se beneficiar bebendo pequenas quantidades”, disse a coordenadora da pesquisa, Emmanuela Gakidou, professora da Escola de Medicina da Universidade de Washington.
Álcool só para maiores de 40

Bebida só para maiores de 40 anos. Foto: Pexels.

O estudo revelou o nível de álcool que uma pessoa pode consumir sem ter danos nocivos para a saúde: um copo de 100 ml de vinho tinto, com 13% de teor alcoólico, ou uma lata ou garrafa de 375 ml de cerveja com 3,5%. Porém para os jovens a quantidade recomendada é um quarto em comparação aos adultos, isso é menor que uma dose de um copo de 50 ml.

Alguns especialistas são mais categóricos: independente da sua faixa etária o ideal é não ingerir bebida alcoólica.

Richard Piper, executivo-chefe da Alcohol Change, instituição britânica dedicada ao esclarecimento sobre os malefícios do álcool, afirma: “A ciência emergente sobre o álcool, ao longo de centenas de estudos nos últimos 20 anos, está nos dizendo muito claramente que o álcool é muito prejudicial ao corpo humano de várias maneiras. Antes não sabíamos disso, mas agora muitos continuam a beber como se essa revolução em nosso conhecimento não tivesse acontecido”.

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