TECNOLOGIA

Afinal, que robô é esse que pode passar numa prova de Medicina, de Direito e ter um MBA?

Escolas públicas, nos Estados Unidos, proíbem o ChatGPT nas redes internas para evitar a cola dos alunos

Por: Carlos Taquari
Da redação | 31 de janeiro de 2023 - 21:55

Que tal começar pelo começo? Afinal, o que significa esse GPT? Trata-se da sigla em Inglês para: Transformador Generativo Pré-treinado (Generative Pre Trainer Transformer). Na prática, é um robô virtual criado para multitarefas. Em poucos segundos, essa invenção da Inteligência Artificial pode escrever um texto jornalístico sobre uma imensa variedade de assuntos; redigir uma petição judicial; realizar trabalhos acadêmicos – esse é o terror que se espalha entre os professores nos Estados Unidos – e muito mais.

Brigou com um amigo, com a namorada ou com o chefe? Não sabe como redigir uma mensagem de reconciliação? Peça ao ChatGPT que ele resolve (só tome cuidado com alguma palavra indevida que pode complicar ainda mais as coisas).

Nos Estados Unidos a invenção – para muitos considerada diabólica – já passou em exames de Direito, de Medicina e num teste para um diploma de MBA numa das mais prestigiadas escolas de negócios do país: a Wharton School, da Universidade da Pensilvânia.

Por enquanto, gratuito

Como o programa ainda está em fase de aperfeiçoamento – foi lançado em Novembro último – ainda é gratuito. Para acessar, basta entrar no site: chat.openai.com/chat. Clique em “sign up” , para criar uma conta. Em seguida, entre com seus dados e comece uma conversa.

Desenvolvido pela empresa OpenAI, do empresário Sam Altman, a empresa teve o bilionário Elon Musk como sócio, em seus primeiros passos.

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Musk deixou escapar esse tesouro – a Microsoft já anunciou que vai despejar alguns bilhões de dólares no projeto – ao deixar a empresa, alegando um possível conflito de interesses, já que tem outros investimentos em Inteligência Artificial.

O sistema funciona com base na alimentação de dados por especialistas em Inteligência Artificial. Mas eles admitem que falta ao chatbot (robô virtual) uma certa dose de percepção, sensibilidade que só os humanos – por enquanto – conseguem alcançar. Além disso, os responsáveis pela plataforma aconselham os usuários a checar sempre as respostas e o conteúdo dos textos.

Afinal, a invenção – ainda – não é infalível.

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