Ex-integrante das forças especiais dos EUA afirma que a Agência planeja os ataques a refinarias e outros alvos com o objetivo de provocar o caos
Agentes da CIA estão por trás das recentes explosões ocorridas contra alvos estratégicos da Rússia, nas últimas semanas. A revelação foi feita por Jack Murphy, ex-integrante das forças especiais do Exército dos Estados Unidos, a US Army Special Ops.
Refinarias de petróleo e gás, depósitos de combustíveis, ferrovias, usinas elétricas e shopping centers foram alvo de misteriosas explosões, em meio a rumores de sabotagem. Entre os alvos, destaca-se um gasoduto da Gazprom, perto de São Petersburgo. Em outro incidente, uma base militar perto de Moscou foi alvo de uma explosão que resultou num incêndio que durou quatro horas.
Segundo Murphy, os agentes da CIA não se envolvem diretamente nos ataques, em território russo, mas estão por trás do planejamento das ações e atuam em conjunto com “serviços de secretos aliados”.
A CIA negou qualquer tipo de envolvimento nessas ações. Mas o ex-agente explicou que a negativa é natural, já que a legislação norte-americana permite à Agência realizar “operações encobertas”.
Jack Murphy, ex-integrante das Forças Especiais dos EUA cita fontes dos serviços secretos para fazer as revelações. (Foto:Linkedin)Comandos da OTAN, a aliança militar do Ocidente, também estariam envolvidos nas operações por trás das linhas de defesa da Rússia, com o objetivo de provocar o caos. “A OTAN tem o que dizer sobre isso, uma vez que é o pessoal da Aliança que está correndo riscos”, disse Murphy.
O governo russo admitiu a ocorrência de incidentes que provocaram grandes danos em setores estratégicos do país e atribuiu os ataques a atos de sabotagem. Mas, até agora, o Kremlin vem culpando a Ucrânia pelas explosões.
As revelações de Murphy foram feitas após o recente incêndio registrado num shopping center de Krasnodar, na região Sul da Rússia.
As denúncias podem explicar o fato de que algumas explosões, seguidas de incêndios, ocorreram na Sibéria. A região está fora do alcance dos drones ucranianos e há dúvidas se unidades unidades das forças ucranianas teriam recursos e capacidade operativa para penetrar tão longe no território russo.
Murphy citou fontes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos para afirmar: “A campanha envolve operações conjuntas da CIA e da OTAN, com o objetivo de enfraquecer as ações da Rússia na Ucrânia, por meio de uma guerra secreta, além das linhas de defesa russas”, informou o ex-agente.
De acordo com as fontes, houve inúmeras operações em território russo, que resultaram em danos para a indústria militar e estratégica do país que não foram reveladas e nem admitidas pelo Kremlin.