Até o meio da semana, o planeta gigante estará mais perto da Terra e em oposição
Ao longo dos próximos dias, o planeta Júpiter, o maior do Sistema Solar, estará no ponto mais próximo da Terra, em quase seis décadas. Mais exatamente nos últimos 59 anos. Uma vez que a Terra e Júpiter não orbitam o Sol em círculos semelhantes, eles passam um pelo outro com distâncias diferentes. Mas, de tempos em tempos, eles se “aproximam”. Além disso, Júpiter estará em oposição, fenômeno que ocorre quando um planeta surge no Leste, enquanto o Sol se põe no Oeste, o que coloca o corpo celeste e o Sol em lados opostos da Terra.
Tudo isso contribui para que Júpiter se torne mais visível. Nas próximas noites será um dos corpos celestes mais brilhantes nos céus noturnos, fora a Lua. Quando se diz que Júpiter está “mais perto” da Terra é preciso lembrar que a distância atual é de cerca de 590 milhões de quilômetros. Quando se afasta pode chegar a cerca de 965 milhões de quilômetros.
Para se ter uma visão melhor de Júpiter o ideal é procurar um local de altitude elevada, com poucas luzes artificiais e clima seco. Com bons binóculos será possível avistar até mesmo as faixas centrais do planeta e algumas de suas luas. Júpiter tem 53 luas conhecidas e identificadas pelos astrônomos. As quatro maiores são: Europa ( que desperta a atenção dos cientistas pela possibilidade de abrigar algum tipo de vida), Io, Ganimedes e Calisto. Elas são chamadas de satélites galineanos, em homenagem a Galileu Galilei, o astrônomo e físico florentino, que viveu entre os séculos 16 e 17. Galileu provou que a Terra girava em torno do Sol (heliocentrismo) e não o contrário (geocentrismo), mas foi forçado pela Inquisição a renegar sua descoberta, para não não morrer na fogueira.
Os mistérios de Europa
Outro acontecimento previsto para esta semana em relação a Júpiter deve ocorrer na quinta-feira, dia 29. A sonda Juno, da NASA, vai passar a apenas 358 quilômetros da lua de Júpiter, Europa. Alimentada por energia solar, a Juno fará a maior aproximação desta lua já alcançada até agora. E suas poderosas lentes devem registrar imagens de alta resolução que devem revelar alguns dos mistérios desse corpo celeste que, embora gelado, pode abrigar alguma forma de vida.