INTERNACIONAL

Trump, quem diria, tinha fixação em Macron

Ex-presidente tinha curiosidade sobre a vida sexual do presidente da França

Por: Carlos Taquari
Da redação | 31 de agosto de 2022 - 00:42

Entre os documentos recolhidos na mansão de Donald Trump, na Flórida, um dos mais surpreendentes é uma anotação de próprio punho em que o ex-presidente afirma ter um relatório sobre a vida sexual do presidente da França, Emmanuel Macron. Em alguns papéis havia a anotação: “Info re ( de referência) President of France”. Segundo os agentes do FBI, que participaram das buscas, o conteúdo dos papéis revela que Trump tinha um interesse muito especial na vida íntima de Macron.

Tanto no período em que ainda estava na Casa Branca como ao deixar a presidência, não era segredo para ninguém em Washington ou na Flórida que Trump gostava de se vangloriar de que “conhecia segredos da vida amorosa de Macron”. E dizia ter tido acesso a essas informações graças aos “briefings”, ou seja, os relatórios dos serviços de inteligência do governo, que deixavam tudo registrado para ele.

Não foram divulgados conteúdos mais específicos sobre Macron e sua vida pessoal, além de algumas anotações de Trump que se referia ao presidente francês como um “garoto levado”. Mas a simples menção aos documentos despertou o interesse de setores diplomáticos, nos Estados Unidos e na França.

Trump X Macron

Ex-presidente bisbilhotava a vida íntima das pessoas, dizem assessores.

O principal desafio agora é descobrir em que medida o conteúdo dos papéis pode ter algum significado para os serviços de inteligência franceses e norte-americanos.

Leia também:

■ Rússia corta o gás de seu principal gasoduto à Europa

Os dois lados querem descobrir se esses documentos contêm mesmo informações verdadeiras sobre Macron ou se tudo não passa de alguma bravata do ex-presidente norte-americano. “A questão é saber o que realmente é verdade e separar relatos verdadeiros daqueles que constituem apenas conversa frívola”, afirmaram funcionários dos serviços de inteligência.

Integrantes dos círculos mais próximos de Trump, seja na Casa Branca ou na mansão da Flórida, sabiam que o ex-presidente gostava de bisbilhotar a vida íntima de outras pessoas, principalmente políticos e jornalistas. Certa vez, dirigindo-se a um grupo de assessores, ele se referiu à situação de um casal de jornalistas do canal MSNBC, dizendo que sabia até onde eles costumavam se encontrar em sigilo e acrescentou: “Vocês não sabem? Um dia eu ainda vou contar essa história toda”.

+ DESTAQUES