Mais uma vez, vazamento de hidrogênio provocou adiamento
A NASA)adiou pela segunda vez o lançamento da missão Artemis I, previsto para a tarde deste sábado. As equipes não conseguiram consertar um vazamento na transferência de combustível para o foguete. O combustível usado para garantir a propulsão do foguete é o hidrogênio líquido e o vazamento impediu que a equipe enchesse o tanque. A NASA informou que foram feitas várias tentativas para solucionar o problema, mas todas sem sucesso. Agora, a nova data para o possível lançamento é o dia 5 de Setembro.
A Missão Artemis I, planeja levar uma cápsula não tripulada à Lua. Na primeira tentativa de lançamento, na segunda-feira, houve um problema num dos quatro motores. De acordo com os engenheiros responsáveis houve um vazamento de combustível e a temperatura não esfriou como deveria, com isso a decisão foi o adiar a missão.
Com uma altura de 100 metros, equivalente a um prédio de cerca de 30 andares, o foguete SLS – Space Launch System (Sistema de Lançamento Espacial) tem quatro estágios que levam a cápsula Orion para entrada em órbita da Lua.
A missão é a primeira de uma série programada para levar astronautas de volta à Lua. E acontece num momento especial para a NASA, que vai comemorar em Dezembro os 50 anos do voo da Apollo 17, a última vez em que astronautas pisaram no solo lunar. Batizada de Artemis, deusa da Lua e da caça na mitologia grega e irmã de Apollo, esta missão resulta de uma parceria entre a NASA e a ESA – Agência Espacial Europeia.
A Artemis 2 está programada para 2024. A de número 3 desta série, prevista para 2025, será a primeira missão que levará novamente astronautas de volta à Lua. E a equipe contará, pela primeira vez, com uma mulher.
O mais potente foguete já construído pela NASA, o SLS alcança, nos primeiros minutos, uma velocidade de 16 mil quilômetros por hora. Sua tarefa é levar o módulo principal, Orion, além da atmosfera da Terra e colocá-lo na rota para a Lua, a cerca de 380 mil km de distância.
A cápsula Orion, construída pela ESA, com a participação de 10 países europeus, também é a mais moderna nave já desenhada para transportar astronautas. Nesse voo, ela não estará tripulada.
Fará uma missão de reconhecimento em torno da Lua, além de novos estudos sobre os locais escolhidos para o pouso das futuras missões tripuladas.
Ao entrar em órbita da Lua, a Orion fará um amplo reconhecimento do solo lunar, incluindo o lado oculto do satélite. Outro objetivo importante da missão é testar a capacidade do módulo de resistir ao calor, na reentrada da atmosfera terrestre.
Com 5 metros de largura, a Orion é bem maior do que as minúsculas cápsulas que transportaram os astronautas nas primeiras missões tripuladas.
Na verdade, tanto o foguete SLS e como a cápsula Orion fazem parte de um projeto mais amplo. Trata-se dos preparativos para levar missões tripuladas a Marte, que a NASA e a ESA esperam concretizar por volta de 2030.