Natasha Stoynoff prestou depoimento num tribunal de Manhattan, onde Trump está sendo julgado
O julgamento por assédio e difamação apresentado pela colunista Jean Carroll contra o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ganhou um novo capítulo. A jornalista Natasha Stoynoff, que faz parte das testemunhas de acusação, depôs presencialmente no tribunal de Manhattan.
Natasha, que é atualmente uma autora best-seller do New York Times, afirmou que estava trabalhando para a People Magazine e cobria regularmente os acontecimentos relacionados com o casal Trump, quando o caso ocorreu. Natasha estava na propriedade da família na Flórida para escrever sobre o primeiro aniversário de casamento de Trump com Melania. Na época, a esposa de Trump estava grávida do filho Barron, que agora tem 17 anos.
Depoimento
No intervalo entre as sessões de fotos enquanto Melania se trocava, Trump disse que queria mostrar a Natasha uma “sala realmente ótima” e a levou a uma parte diferente do prédio. A jornalista chorou ao contar ao tribunal como Trump a empurrou contra a parede e a beijou à força. “No momento em que me virei, ele estava com as mãos no meu ombro e estava me empurrando contra a parede e me beijando. Tentei afastá-lo”, afirmou Natasha perante o juiz.
Em seguida, segundo o depoimento, um mordomo entrou no ambiente e disse que Melania havia acabado de se trocar e estava pronta para retomar a sessão de fotos e Trump saiu. Natasha confirmou ainda que após voltarem para a sessão de fotos, Trump prometeu levá-la para comer um bife e dar a ela o “melhor sexo que você já teve”.
Ainda emocionada, Natasha disse que não contou a seus chefes na época o ocorrido porque se sentia “envergonhada e humilhada” e não queria causar problemas para a revista. Entretanto, ela pediu para nunca mais cobrir Trump e seus editores concordaram.
Outros casos
O tribunal já ouviu outra acusadora, Jessica Leeds, de 81 anos, que alegou que Trump a apalpou e beijou em um voo do Texas para Nova York, em 1979. Ela disse ao júri que parecia que ele tinha um “zilhão de mãos” enquanto colocava a mão na saia dela até que ela o repelisse.
Os advogados de Trump afirmaram que não apresentarão nenhuma testemunha de defesa, já que sua única testemunha teve um problema médico. O julgamento tem a previsão de durar até a próxima semana.