O objetivo é abastecer 1,8 milhão de residências com energia eólica a partir de 2030
Holanda e o Reino Unido anunciaram que planejam construir a maior linha de energia eólica, não só da Europa, como do mundo. O objetivo é de que os dois países possam usufruir de energia limpa e aumentar a segurança energética, a partir de uma linha que vai cruzar a fronteira de vários países
Conectado a um parque eólico offshore, o interconector nomeado de “LionLink” será capaz de transferir 1,8 gigawatts de eletricidade. A potência é o suficiente para abastecer até 1,8 milhão de residências, o que equivale ao abastecimento de três cidades inteiras: Zuid-Holland, na Holanda e Birmingham e Manchester, na Inglaterra.
Objetivos e expectativas
A linha transfronteiriça já está sendo desenvolvida pela National Grid da Grã-Bretanha e pela operadora de rede de eletricidade holandesa TenneT. A expectativa é de que esteja em funcionamento ainda no inicio da década de 2030.
“O acordo histórico de hoje com a Holanda conecta nossos dois países por meio dessa empolgante façanha de inovação e engenharia – a maior desse tipo no mundo”, disse o ministro da energia da Grã-Bretanha, Grant Schapps, durante encontro de líderes sobre energia em Ostend, na Bélgica.
A novidade foi comemorada por ambientalistas, por ser uma energia limpa, mas também por economistas. Calcula-se que a “LionLink” trará por ano cerca de 23 bilhões de euros de investimento para as regiões costeiras do Reino Unido. Além disso, criará cerca de 40 mil empregos verdes qualificados para ambos os países.
Outros planos
Importante lembrar que, atualmente o Reino Unido e a Holanda já possuem um interconector de energia, o link 1GW BritNed. Entretanto, a nova estação é considerada fundamental pelos analistas como forma de reduzir a dependência de importações de gás, como as da Rússia.
“Esta nova conexão aumenta ainda mais a segurança energética e a independência energética na Europa”, disse o ministro da Energia holandês, Rob Jetten, em comunicado.
Outro projeto, este mais amplo por contar também com participação de Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Irlanda, Luxemburgo e Noruega, pretende desenvolver até 2030 uma linha de energia de até 120 gigawatts.
O Reino Unido também deve assinar um acordo histórico com a Dinamarca para impulsionar o comércio de energia mais barata e limpa para os dois países.