Efeito luminoso foi captado pelas lentes do Instituto Geofísico Fairbanks, da Universidade do Alasca
Uma espiral de luz azul, semelhante a uma galáxia, apareceu em meio à aurora boreal no céu do Alasca, chamando a atenção dos observadores. Para aqueles que chegaram a pensar num possível sinal de alienígenas, os cientistas têm uma explicação mais simples.
A fascinante dança de luzes azuis misturadas com as faixas verdes no céu do Alasca foi provocada pelo reflexo da luz do Sol na atmosfera superior.
O fenômeno também está relacionado com o descarte de combustível de foguetes espaciais, que deixam um rastro de componentes químicos na atmosfera. “Às vezes os foguetes têm combustível que precisa ser descartado. Quando eles fazem isso em grandes altitudes, esse combustível se transforma em gelo”, explica o físico espacial Don Hampton, professor associado de pesquisa do Instituto Geofísico Fairbanks, da Universidade do Alasca, de onde foi feito o registro.
“E se acontecer de estar na luz do sol, quando você está na escuridão no chão, você pode vê-lo como uma espécie de grande nuvem, e às vezes é um redemoinho”, reforça. Ou seja, a espiral é formada quando o combustível liberado pelo foguete se transforma em gelo e, em seguida, o vapor d’água passa a refletir a luz do sol.
Fenômeno pouco comum
Apesar de ser resultado de uma ação humana, o redemoinho luminoso não é tão comum de ser observado. Hampton disse que viu algo parecido somente três vezes em anos de experiência. A mais recente espiral de luz pôde ser vista por alguns minutos.
Em Janeiro, outra espiral apareceu no céu, mas desta vez sobre a maior Ilha do Havaí. Uma câmera instalada no topo do Mauna Kea, a montanha mais alta do Havaí capturou a espiral girando no céu noturno. Os pesquisadores atribuíram o efeito ao lançamento de um satélite GPS militar que decolou anteriormente em um foguete da SpaceX na Flórida.