A Noruega expulsou 15 diplomatas russos acusados ​​de espionagem. A ministra das Relações Exteriores, Anniken Huitfeldt, afirmou que não permitirá a utilização da embaixada no país para atividades secretas de inteligência russa. As autoridades norueguesas monitoraram os agentes por longo do tempo, antes de serem declarados “persona non grata” – e expulsos, informou o comunicado do governo. O Kremlin está avaliando uma “resposta apropriada”, informou a agência de notícias russa Tass.

No comunicado do governo norueguês diz que os russos devem deixar o país “em breve”. A Noruega ainda afirmou: “A Rússia é a maior ameaça no setor de inteligência” que o país enfrenta, e que o risco está aumentando no contexto da “deterioração da situação de segurança de toda a Europa”. A Noruega compartilha uma fronteira terrestre de 197 km com a Rússia no Ártico, e suas relações sofreram um forte impacto durante após a Ucrânia.

A ministra de Relações Exteriores da Noruega, Anniken Huitfeldt acusa a Rússia de espionagem. (Crédito: AP)

Dezenas de autoridades russas foram acusadas de abusar de privilégios diplomáticos para realizar trabalhos de inteligência e acabaram recebendo ordens de deixar países europeus nos últimos meses, incluindo Irlanda, Holanda, Áustria, República Tcheca e Bélgica. Outro país que sofre com a espionagem do Kremlin é a Polônia. O governo polonês também fez uma varredura e expulsou alguns russos.

Histórico de espionagem

No ano passado a Noruega deportou três indivíduos que disseram ser oficiais de inteligência da Rússia, uma ação à qual a Putin respondeu expulsando três diplomatas noruegueses. Em Outubro, a polícia norueguesa prendeu um professor universitário acusado de espionar para Moscou. O acadêmico, identificado na mídia norueguesa como o cidadão russo Mikhail Valerievich Mikushin, supostamente estava se passando por brasileiro. Ele negou as acusações contra ele.

Ao anunciar a última expulsão, a ministro das Relações Exteriores da Noruega enfatizou que o governo quer manter relações diplomáticas normais com Moscou. “Mas não aceitaremos que as missões diplomáticas sejam utilizadas para fins de realização de atividades secretas de inteligência,” acrescentou Huitfeldt.