O veículo utiliza célula de combustível de hidrogênio, considerada a energia do futuro
Em mais um passo para reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, o governo da Alemanha lançou ontem a primeira linha de trens movidos a hidrogênio, o chamado combustível do futuro, por se tratar de energia limpa e renovável. Os trens têm autonomia de 1.000km e podem chegar a 140km/h.
Serão 14 composições, operadas pela companhia ferroviária LNVG, que vão ligar as cidades de Bremerhaven, Cuxhaven, Bremervoerde e Buxtehude, situadas ao Norte do país. No total, o governo investiu 93 milhões de euros — cerca de R$ 450 milhões — no projeto, desenvolvido pela companhia francesa Alstom. Batizados de Coradia iLint, os trens vão utilizar, numa etapa inicial, o hidrogênio que é subproduto de indústrias químicas.
Racionamento de gás
Em outra frente, na luta contra a escassez de combustíveis, a Alemanha anunciou nesta quarta-feira um pacote de medidas para reduzir o consumo de gás, diante dos constantes cortes de fornecimento pela Rússia. A partir de 1º de setembro, prédios públicos – com exceção de instituições sociais como hospitais – devem ser aquecidos em no máximo 19º Celsius. E o sistema pode ser desligado nos corredores e saguões.
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Enquanto isso, prédios e monumentos não serão mais iluminados para fins puramente estéticos e empresas poderão ser proibidas de manter suas fachadas iluminadas à noite. Também está prevista a proibição do aquecimento de piscinas particulares. As medidas vão durar ao longo de todo o Outono e Inverno no hemisfério norte, quando as temperaturas caem de forma acentuada e aumenta muito o consumo de gás para aquecimento.
Apesar da perspectiva de diminuição do consumo energético, o ministro da Economia, Robert Habeck, disse, em em coletiva de imprensa, que os efeitos não serão imediatos. As medidas podem economizar cerca de 10,8 bilhões de euros para famílias, empresas e setor público nos próximos dois anos, disse o ministro.