Shell, Equinor, Petrogal, Repsol e TotalEnergies entram com processo para bloquear a nova taxa de exportação
A lua de mel entre o novo CEO Global da Shell, Wael Saean, e o governo do presidente Lula durou pouco. Apesar do executivo ter passado pelo nosso país há pouco tempo e ter ouvido que nada mudaria no setor de óleo e gás, a equipe econômica do Brasil surpreendeu as petroleiras ao impor um imposto de 9,2% sobre as exportações de petróleo.
Em resposta, Shell, Equinor, Petrogal, Repsol Sinopec e TotalEnergies entraram com uma liminar contra a taxa, iniciando uma batalha judicial. Além disso, deixaram claro que podem suspender investimentos no valor de 20 bilhões de dólares/ano.
Outra fonte de conflito se refere à compra de direitos de alguns campos de petróleo ( no valor de 2 bilhões de dólares (10.47 bilhões de reais) e dos projetos para novas refinarias de combustível. A equipe do ministro da Economia, Fernando Haddad, também resolveu mudar tudo, pedir o adiamento desta operação e assustou novamente as petroleiras.
Dois campos em águas profundas que podem ser afetados se as empresas atrasarem os investimentos são o Gato do Mato, da Shell, e o Pão de Açúcar, da Equinor, que ainda estão em fase de projeto e ainda não foram aprovados para implantação, segundo Marcelo de Assis, diretor de pesquisa na consultoria Wood Mackenzie. “Todos estarão olhando suas metas, principalmente os novos investimentos. Eles analisarão os custos e riscos em comparação com projetos em lugares como Uganda, por exemplo”, complementa o especialista. As empresas não quiseram falar sobre os projetos específicos, apesar da Equinor, da Noruega, confirmar que é fundamental respeitar os contratos para garantir os investimentos de longo prazo.
Com tanta instabilidade na área, será que o Brasil vai permanecer sendo o oitavo maior produtor de petróleo do mundo, questiona a US Energy Information Administration?