Com a segunda maior frota de satélites, a companhia espera completar a conectividade global até o final do ano
A operadora de satélites OneWeb anunciou que fornecerá conexão de Internet em qualquer ponto da Terra, ainda em 2023. A empresa, que tem sede em Londres, conta com mais de 580 satélites em órbita. Atualmente, a OneWeb tem como única concorrente a Starlink, organização criada por Elon Musk, que é ainda a companhia com mais satélites em órbita do mundo.
Alguns dos satélites foram enviados no ano passado e só agora vão começar a ser testados e colocados online. Isto porque, após o envio da tecnologia, eles demoram alguns meses para se posicionarem adequadamente a 1.200 quilômetros acima da Terra.
Para fornecer o serviço de internet para qualquer região do planeta, a frota de satélites fica dividida em 12 regiões separadas no céu, deve ser gerenciada 24 horas por dia e 7 dias por semana. “Simplesmente não é possível verificar todos os satélites a cada passagem. Portanto, dependemos fortemente da automação”, explica Francesco Sacconi, diretor de operações de satélite da OneWeb. “Os satélites geralmente se comportam bem, mas se houver algum problema, seremos alertados pelo sistema”.
Ao contrário da Starlink, a OneWeb não está vendendo conexões de banda larga diretamente para pessoas físicas. Seus clientes são as empresas de telecomunicações que fornecem serviços de internet. O objetivo da OneWeb, é conseguir que o tempo de ida e volta dos dados pela rede seja cada vez menor.
Novas tecnologias
Atualmente, os satélites mais comuns são os que ficam a 36 mil quilômetros acima da Terra, com tempo de 700 milissegundos. O objetivo de novos satélites em desenvolvimento é que fiquem a uma órbita mais baixa da Terra, com tempo total de apenas 80 milissegundos.
“Isso permite que você faça coisas como chamadas em tempo real (Microsoft) Teams. Sem atrasos, vídeos e vozes rodando sem problemas”, disse o engenheiro sênior da OneWeb, David Fuller. De acordo com a empresa, ainda levará um tempo para que se tenha acesso amplo a esta nova tecnologia, já que seu deslocamento e colocação em órbita ainda constitui um desafio.