Princesa disse a seu advogado, em 1995, que temia morrer num acidente, mas alerta ficou guardado num cofre da polícia londrina
Vinte e cinco anos após o acidente, em Paris, que lhe tirou a vida, a princesa Diana continua despertando a atenção de seus admiradores, inconformados com sua morte. Agora, o assunto volta a ser comentado, com novas revelações sobre o caso.
Em outubro de 1995, a princesa convocou uma reunião em particular com seu advogado, Victor Mishcon. No encontro, Diana disse que precisava falar sobre “algo que a preocupava”. Ela afirmou ter informações confidenciais de que poderia sofrer um acidente fatal de automóvel. Um defeito inesperado nos freios ou um outro problema mecânico com consequências graves. Mas ela não revelou quais eram suas fontes.
Após o acidente, em 31 de Agosto, de 1997, no túnel sob a Ponte D’Alma, em Paris, Mishcon, passou as informações sobre esse encontro, em nota que entregou a Sir Paul Condon, Comissário da Polícia Metropolitana de Londres. Condon se limitou a guardar a nota em seu cofre.
Apenas em janeiro de 2004, o novo Comissário da Polícia Metropolitana, John Stevens, lançou uma investigação sobre o assunto, denominada “Operação Paget”. Stevens entrevistou Mishcon, antes de sua morte, em 2005, e o advogado lhe disse que achou exageradas as preocupações manifestadas pela princesa, em 1995.
O conteúdo das anotações de Mishcon é apenas um dos detalhes que fazem parte do documentário “The Diana Investigations”, série lançada pelo canal Discovery, inicialmente no Reino Unido e nos Estados Unidos.
A série faz uma ligação entre a chamada “Mishcon Note”, que resume a conversa entre o advogado e a princesa e o acidente ocorrido em Paris, em 1997.
Naquela noite de agosto, o motorista Henri Paul, lançou o carro contra a parede do túnel, a uma velocidade de 140km por hora. Além do motorista, morreram Diana e seu então namorado, Dodi Al-Fayed, filho de um milionário egípcio. As investigações comprovaram que o motorista, que tentava fugir dos paparazzi, estava sob o efeito de álcool e medicamentos de uso restrito.
O mordomo também sabia
Em 2003, uma outra carta foi divulgada, acrescentando mais detalhes ao caso. O texto, supostamente escrito pela princesa, em 1996, foi endereçado a seu mordomo, Paul Burrell, que após muita hesitação, resolveu incluir o conteúdo em seu livro de memórias. Na carta, a princesa voltava a mencionar o medo de morrer num acidente e dizia que sua vida “corria perigo”. A “Operação Paget” terminou em 2006, com um relatório de mais de 800 páginas, sem incriminar ninguém. Mais detalhes sobre o assunto estão no documentário do canal Discovery.