CIÊNCIA

Imagens de uma supernova mostram como era o universo após o Big Bang

Astrônomos conseguem medir uma estrela de 11 bilhões de anos e voltar ao amanhecer do universo

Da redação | 10 de janeiro de 2023 - 19:37

Cientistas da Escola de Física e Astronomia, da Universidade de Minnesota, EUA, captaram imagens de uma supernova, cerca de 500 vezes maior do que o Sol. A explosão dessa supernova ocorreu há cerca de 11 bilhões de anos, aproximadamente 2,6 bilhões após o Big Bang, a grande explosão que teria dado origem ao Universo. Para os astrônomos, o fenômeno das supernovas ajudam a entender como era o universo em seu amanhecer e o que podemos esperar de seu futuro.

As supernovas são estrelas que, depois de viverem milhões ou bilhões de anos, explodem ao consumirem todos os elementos químicos que garantem sua combustão, como o hidrogênio e hélio. Nesse ponto, elas se expandem para formar uma estrela gigante, que subsiste consumindo outros elementos de sua formação, como o oxigênio e carbono.

“Esse é o primeiro registro detalhado de uma supernova de um tempo em que o Universo estava no princípio de sua evolução”, explica Patrick Kelly, professor da Universidade de Minnesota e um dos autores do estudo. “Isso é muito excitante porque podemos observar alguns detalhes de uma estrela num momento em que o Universo tinha menos de um quinto de sua idade atual. E podemos começar a compreender como algumas estrelas que existiram há bilhões de anos são diferentes das atuais”.

Por sua vez, o professor Weinlei Chen, que também participou do estudo, explica: “O número de explosões de supernovas que detectamos nos ajuda a entender quantas estrelas gigantes se juntaram nas galáxias, quando o Universo ainda era muito jovem. Vimos a supernova se esfriar rapidamente, o que nos permitiu reconstruir o que ocorreu e como essas estrelas se transformam após as explosões”.

As imagens da supernova, de 11 bilhões de anos atrás. (Crédito: Wenlei Chen, NASA)

Os estudos divulgados agora foram feitos com base em imagens captadas pelo telescópio Hubble, da Nasa, que foram analisadas durante vários anos.

 

 

 

 

 

 

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