Sam Bankman-Fried, fundador da falida exchange de criptomoedas FTX, responde a processo criminal nos EUA; ele deve mais de US$ 3 bilhões para clientes
A Polícia das Bahamas confirmou a prisão do “rei da criptomoeda” Sam Bankman-Fried. Fundador da falida exchange de criptomoedas FTX, Sam foi preso na segunda-feira depois que promotores de justiça dos Estados Unidos apresentaram acusações criminais contra ele. O “rei da criptomoeda” responde por crimes financeiros e fraude nos Estados Unidos.
No mês passado, a FTX entrou com pedido de falência nos EUA, deixando milhares de clientes impedidos de sacar seus fundos. A FTX deve a seus 50 maiores credores o equivalente a US$ 3,1 bilhões.
Bankman-Fried é acusado, entre outras coisas, de usar bilhões de dólares de fundos de clientes para sustentar sua empresa de investimentos.
O empresário era considerado um dos maiores nomes do segmento de criptomoedas. Chegou a ser comparado ao lendário investidor americano Warren Buffett. Até outubro deste ano, Bankman-Fried tinha um patrimônio estimado em mais de US$ 15 bilhões. Mas o seu império ruiu com a falência da FTX, causando um choque no mercado.
A FTX, proprietária e operadora da bolsa de criptomoedas FTX.COM, foi fundada em 2019 pelo Bankman-Fried, ex-operador de Wall Street, e pelo ex-funcionário do Google, Gary Wang.
A empresa tornou-se a segunda maior exchange de criptomoedas do mundo, negociando cerca de US$ 10 bilhões em criptomoedas por dia, só atrás da Binance, a maior do mundo.
Em novembro deste ano, a FTX entrou com pedido de falência depois que usuários retiraram US$ 6 bilhões da plataforma em três dias e a exchange rival Binance abandonou um acordo de resgate.
O colapso da FTX aconteceu em um ano tumultuado para a indústria de criptomoedas que perderam mais de 60% de seu valor de mercado.