Bombardeios com mísseis, drones e artilharia se concentraram principalmente no leste e no sul da Ucrânia
O fim de semana foi marcado pela intensificação de ataques no leste e no sul da Ucrânia. As tropas russas usaram mísseis, drones e força de artilharia para atingir alvos militares e civis nas duas regiões, e também provocar danos na infraestruturas de energia, o que agrava o inverno para a população ucraniana, com temperaturas já abaixo de zero.
Por outro lado, o exército ucraniano atacou um quartel-general do grupo mercenário russo Wagner, que funcionava num hotel na cidade de Luhansk, no leste da Ucrânia. Segundo informações não oficiais, o grupo, que luta ao lado das tropas de Moscou, teria sofrido grandes perdas, principalmente de suprimentos militares que estavam guardados na instalação.
Em Melitopol, autoridades pró-Moscou disseram que um ataque de míssil ucraniano matou duas pessoas e feriu outras dez. Um dos alvos teria sido um centro de recreação onde pessoas jantavam na hora do ataque.
Segundo Arestovych, se isso acontecer, as forças ucranianas ganham uma rota direta para a Crimeia, a península que a Rússia anexou em 2014 e que os ucranianos querem de volta.
Durante uma conversa por telefone entre os presidentes da Ucrânia e dos Estados Unidos, Joe Biden garantiu a Zelensky que Washington vai ajudar a impulsionar os sistemas de defesa aérea da Ucrânia.
Os dois também falaram sobre o desejo de Volodymyr Zelesky em firmar um acordo de paz justo com a Rússia, baseado em princípios consagrados na Carta da ONU.
Mas este pode ser o grande nó para um acordo de paz. O presidente da Rússia, Vladimir Putin não aceita abrir mão de nenhum dos territórios anexados ilegalmente em 2014, na Crimeia, e agora durante a guerra, as cidades de Kherson, Zaporizhzhya, Donetsk e Luhansk. A mesma coisa do lado ucraniano. Volodymyr Zelensky quer a retomada das quatro regiões anexadas este ano, além da Crimeia.
A queda de braços significa que o derramamento de sague continuará por mais tempo.
Enquanto isso, o chanceler alemão, Olaf Scholz, após consultar os líderes do G7 deve anunciar ainda nesta segunda-feira (12/12) novas sanções econômicas contra a Rússia e o Irã.
Scholz deve incluir mais 200 nomes de cidadãos russos na lista de sanções individuais da União Europeia (sanções econômicas e restrição de vistos) por darem apoio à Rússia na guerra contra a Ucrânia.
As medidas contra o Irã são decorrentes do fornecimento de drones à Rússia para atacar instalações civis de energia elétrica, água e esgoto na Ucrânia, e que já atingiu milhares de pessoas.