Seis milhões de ucranianos estão sem aquecimento, energia elétrica e com poucos alimentos
O presidente russo, Vladimir Putin, está tentando compensar seus fracassos no campo de batalha e para isso utiliza o inverno como arma de guerra contra a população da Ucrânia. A Afirmação é do secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg. O dirigente da aliança militar do Ocidente, referia-se aos ataques aos sistemas de infraestrutura do país, que provocam cortes de luz, gás e água, afetando diretamente a população ucraniana.
Calcula-se que mais de 6 milhões de ucranianos, de uma população de 40 milhões, estão sofrendo os efeitos dos cortes no fornecimento de gás para aquecimento doméstico e de energia elétrica para as casas. A destruição de pontes e estradas também dificulta o transporte de alimentos, provocando escassez nos mercados.
Ucranianos se reúnem em ponto de energia disponibilizado no centro de Kiev, para carregar celulares (Foto: cap. vídeo)
O secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, observou que a Rússia está tentando “congelar os ucranianos até à submissão”. Para ele, os bombardeios às estações de eletricidade e gás que aquecem as cidades têm o objetivo de levar a população a preferir a rendição a sofrer de frio.
Segundo o setor de defesa civil ucraniano, o país já sofreu cerca de 700 bombardeios às estações de infraestrutura, algo intensificado com a chegada do inverno. E além das residências e empresas, os bombardeios à infraestrutura afetam também os hospitais e outros setores de atendimento público, que além da falta de energia têm convivido até com falta de água.
A aliança de defesa da OTAN prometeu apoio incondicional à Ucrânia enquanto a Rússia continuar a atacar a infraestrutura do país. Além de armamentos, os países da aliança ocidental estão enviando geradores para as cidades mais atingidas pelos bombardeios, a fim de aliviar a situação dos civis que sofrem com o frio.
EUA poderão enviar mísseis Patriot
Os Estados Unidos avaliam a possibilidade de enviar para a Ucrânia alguns carregamentos de mísseis Patriot, revelaram fontes do Departamento de Defesa, o Pentágono.
Projetados para interceptar e destruir mísseis balísticos, caças-bombardeiros e até mísseis intercontinentais, o Patriot é o mais moderno sistema de defesa antiaérea dos Estados Unidos. Caso esse armamento seja enviado à Ucrânia, poderá provocar um sério desequilíbrio para a Rússia. Temendo essa possibilidade, Moscou já advertiu os integrantes da OTAN que um envolvimento mais profundo da organização no conflito poderá levar a consequências imprevisíveis para o mundo.
