Mais de 40 países defendem voos sem copiloto com o objetivo de reduzir custos
Sob pressão das companhias aéreas, que alegam escassez de mão-de-obra e aumento nos custos, mais de 40 países – incluindo a Alemanha, Reino Unido e Nova Zelândia – querem mudar as leis atuais para permitir voos comerciais com apenas um piloto na cabine.
Uma proposta neste sentido foi encaminhada à ICAO – Organização de Aviação Civil Internacional, órgão da ONU que estabelece normas e padrões para os voos de passageiros.
A Agência de Segurança na Aviação da União Europeia também está pressionando para retirar os copilotos dos voos comerciais. A proposta enfrenta resistência de funcionários das companhias aéreas, que alertam para o risco de deixar toda a responsabilidade pelo controle de um avião de passageiros nas mãos de uma única pessoa.
Além disso, especialistas lembram que, se a proposta for levada adiante, os pilotos iniciantes vão perder a oportunidade de treinamento ao voarem com os colegas mais experientes. Sem contar as inúmeras vezes em que os copilotos assumem o controle de voo, quando os pilotos precisam descansar. Afinal, voos de até 12 horas ou mais, exigem um período de descanso para quem está no comando, lembram os especialistas.