EUA, Brasil e Índia têm as maiores áreas cultivadas de alimentos geneticamente modificados
Cerca de 170 milhões de hectares são cultivados com plantações transgênicas, atualmente, no mundo todo. A soja lidera o ranking desse tipo de cultura, seguida pelo milho e depois vem o algodão. Os Estados Unidos, Brasil e Índia, pela ordem, são os países com as maiores áreas cultivadas com alimentos geneticamente modificados.
Há mais de 20 anos de uso desses alimentos pelo mundo, pessoas de cerca de 50 países vêm consumindo transgênicos em grande quantidade sem nenhuma comprovação negativa no meio ambiente ou na saúde dos humanos e dos animais. Mais de duas mil pesquisas sobre o tema já foram realizadas por grupos de estudos, órgãos científicos e agências reguladoras.
Cerca de 130 delas foram feitas somente na União Europeia nos últimos 25 anos, todas seguindo padrões rigorosos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura). Nenhuma delas encontrou evidências de que os alimentos transgênicos possam causar câncer ou outras doenças em seres humanos ou animais.
A conclusão, após todos esses estudos, é de que os alimentos transgênicos são tão seguros para consumo quanto os que utilizam tecnologias convencionais para realizar o cruzamento de plantas.
Embora seja importante dizer que existem produtos transgênicos aplicados às áreas da saúde, meio ambiente e insumos para a indústria, na agricultura eles promoveram uma verdadeira revolução.
Os transgênicos permitiram melhorar o desempenho de culturas agrícolas partindo da ideia de que a expressão de características encontradas em outras espécies poderia adicionar vantagens não disponíveis no banco de sementes da cultura (germoplasma).
Todo transgênico é um organismo geneticamente modificados (OGM) que recebeu pelo menos um gene de outra espécie diferente.
Os transgênicos só puderam ser desenvolvidos a partir da combinação de diferentes técnicas, derivadas da tecnologia do DNA recombinante como, por exemplo, amplificação do DNA (permite fazer cópias de uma região do genoma), clonagem gênica (permite transferir fragmento de DNA entre organismos) e sequenciamento (permite a identificação e leitura dos genes).
Para o desenvolvimento de um organismo transgênico são necessários muitos anos de pesquisa. O trabalho envolve cientistas de diversas áreas do conhecimento, a exemplo de biologia molecular, genética, bioquímica, bioinformática e agronomia.
A primeira geração de plantas transgênicas foi introduzida na década de 90 e proporcionou tolerância a herbicidas e resistência a insetos. Essas características beneficiaram os produtores, reduzindo custos, simplificando o manejo de pragas e aumentando o rendimento das culturas.
Nos anos subsequentes, outras características foram incorporadas em plantas transgênicas, como tolerância a alta ou baixa temperatura, pouca água, ganhos nutricionais.
O uso de transgênicos na agricultura é indispensável. Eles aumentam a produção agrícola, otimizam o uso de insumos e desenvolvem plantas mais adaptadas aos desafios do campo. Isso faz com que mais alimentos estejam disponíveis para consumo direto ou indireto.
A produção de proteínas nas plantas com resistência a insetos diminui o número de aplicações de inseticidas nas lavouras. Dessa forma, resulta em economia de trabalho, combustível e entrada de máquinas no campo.
A adoção de sementes com tolerância ao herbicida favoreceu a prática do plantio direto. Esse sistema procura manter o máximo de resíduos vegetais e executar o mínimo de mobilização no solo, proporcionando e mantendo a qualidade física e de composição da terra, reduzindo inclusive a erosão.
A difusão dos transgênicos definiu uma queda generalizada dos preços ao longo do tempo. Tal fato é decorrente do aumento da produtividade e redução dos custos.
Dessa forma, as características introduzidas nas plantas transgênicas beneficiam diretamente o meio ambiente. Com elas, o agricultor produz mais usando menos terra para plantar, menos água para diluir os produtos e menos combustível para a aplicação, ou seja, auxilia na diminuição dos fatores que contribuem para as mudanças climáticas.
CropLife Brasil