SAÚDE

O fim da calvície pode estar próximo

Testes realizados em camundongos alcançaram 96% de eficácia

Por: Daiana Rodrigues Pereira
Da redação | 27 de outubro de 2022 - 21:57

Estudo publicado pela revista Science Advances revela que cientistas japoneses conseguiram estimular o folículo capilar a gerar fios de cabelo, utilizando células embrionárias, aquelas que têm grande capacidade de transformação e reprodução. Os pesquisadores da Universidade Nacional de Yokohama, no Japão, relataram o sucesso da experiência feita, por enquanto em camundongos. De acordo com o estudo, foi alcançada uma taxa de 96% de eficácia.

O desenvolvimento do folículo em laboratório é feito através da engenharia reversa em células-tronco, que são células capazes de recompor tecidos danificados. Os cientistas juntaram células epiteliais, presentes na pele, e mesenquimais, encontradas no sangue.

Após 23 dias, conseguiram obter fios com 3 mm de comprimento. Os pesquisadores estão otimistas com a possível solução para a calvície. Além de dispensar a necessidade de testar produtos químicos em animais, uma vez que os testes foram feitos com o implante das células embrionárias.

Fio desenvolvido em laboratório. (Foto: Universidade Nacional de Yokohama)

Atualmente, existem terapias para tratar a calvície e a queda de cabelo. Entretanto, esses métodos agem nas causas da queda e não recupera, diretamente, os que foram perdidos. Além disso, são dermocosméticos e medicamentos testados em animais.

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A calvície, chamada cientificamente de alopecia, pode ocorrer em diversos níveis e por motivos variados. A causa principal é por genética e tem mais prevalência entre os homens. Já para as mulheres, é frequente a queda dos fios. O normal é perder 100 unidades por dia. Porém, com o passar dos anos e envelhecimento, as chances de queda aumentam por conta das mudanças do bulbo capilar e alterações hormonais, sem reposição a altura o déficit capilar começa a se mostrar presente.

O estudo ainda não pode ser concluído, já que, por questões éticas, os testes em células humanas ainda não foram realizados. Mas, os resultados obtidos são interessantes para o campo científico, podendo significar um grande passo para a cura da calvície.

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