França defende uso, mas enfrenta restrições entre os vizinhos no continente
Diante da crise energética que atinge a Europa, a busca de alternativas mobiliza os países da região e a energia nuclear surge como uma das principais alternativas. A França, que tem o maior número de reatores em funcionamento, (62 em condições de operar, mas cerca de metade em constante manutenção) é a principal defensora dessa fonte energética. A Alemanha, que fechou boa parte de seus reatores, já está tentando reativar alguns. Ao defender a medida, o chanceler alemão Olaf Schulz afirmou que a Europa não pode retornar à era do carvão, referindo-se ao uso das usinas termoelétricas.
Outros países consideram a energia nuclear perigosa. Por exemplo, a Áustria e Luxemburgo se posicionaram contra o seu uso. Bélgica e Suíça se encontram em uma posição neutra a respeito do assunto, enquanto a Hungria se posiciona a favor.
Desde o início do conflito na Ucrânia, a Rússia vem interrompendo o fornecimento de gás natural para os países do continente. Com isso, o preço da energia está subindo e preocupando os europeus. Os defensores da energia nuclear explicam que ela é uma boa opção porque reduz a dependência dos combustíveis fósseis, que se tornam escassos com o tempo.
Embora as usinas nucleares tenham pontos positivos em relação ao abastecimento de energia, elas também são consideradas extremamente perigosas e caras. Isso porque o funcionamento depende de materiais radioativos que podem causar graves danos ambientais, além de doenças, caso haja vazamentos.
A agência estatal de energia nuclear da Ucrânia acusou a Rússia de ter capturado um diretor e subdiretor que trabalhavam na usina de Zaporizhzhia. Essa ação causou um alerta sobre um possível uso do local para fins militares, fato que pode gerar grandes danos para a população e o território, além de provocar a discussão sobre a vantagem de ter ou não uma usina nuclear.