Agência agora se diz pronta para desviar corpos celestes que possam colidir com a Terra
Cientistas da NASA confirmaram que o asteroide Dimorfos, uma rocha de 160 metros de diâmetro, mudou de trajetória, após a colisão com a nave do projeto Darf – Double Asteroid Redirection Test (Teste Duplo de Redirecionamento de Asteroide). A nave se chocou com o asteroide a uma velocidade de 22.000 km/h, a uma distância de 11 milhões de quilômetros da Terra.
O objetivo da missão era desviar o asteroide de sua rota, para comprovar que os cientistas podem alterar a rota de um corpo celeste que esteja se dirigindo para o nosso Planeta. Após a colisão, os cientistas levaram dez dias analisando os dados sobre a trajetória do Dimorfos, para comprovar que ele realmente teve sua rota alterada. O Dimorfos é um satélite de outro asteroide maior, de 780 metros de diâmetro.
O resultado da missão demonstra que a NASA “está pronta para reagir diante de qualquer coisa que o Universo mande contra nós”, afirma o Administrador da Agência, Bill Nelson.
Com o choque entre a nave, que era do tamanho de uma geladeira, e o asteróide, o satélite ficou totalmente destruído. Apesar do impacto, a alteração na rota do Dimorfos foi pequena. Antes da colisão, o satélite levava 11 horas e 55 minutos para completar uma órbita do Didymos. Após o choque, o tempo mudou para 11 horas e 23 minutos, uma mudança de 32 minutos. Isto significa que o Dimorphos se aproximou do Didymos por algumas dezenas de metros.
A NASA havia definido como um mínimo de 73 segundos para garantir o sucesso da missão. E o resultado mostrou que o Dart ultrapassou a marca em mais de 25 vezes. Os estudos sobre esses dois asteroides vão prosseguir nos próximos anos.
Dentro de quatro anos, a Agência Espacial Europeia- ESA – vai enviar uma série de três naves, que farão parte da missão Hera, com o objetivo de se aproximar do Didymos e Dimorphos, para investigar a trajetória e a proximidade dos asteroides da Terra.
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