“Fiquei muito perturbada com o desaparecimento dela”, disse Susan, que cuidara ternamente de Harriet por três anos depois de adotá-la em um abrigo quando ainda era recém-nascida. “Eu me apaixonei por ela.”

A gata Harriet e sua nova dona — jornada de 2.500 km (Foto: Maureen Wright)

Sem notícias do paradeiro de Harriet por semanas, Susan, 57 anos, acabou por aceitar a triste perda. Então, no mês passado, seu telefone tocou. A pessoa que ligou era de um abrigo de animais e disse que estava com a gata de Susan.

“Minha gata?” Susan respondeu, confusa.

“Estamos aqui com Harriet”, respondeu o interlocutor, dizendo que a gata estava em um abrigo em Hayden.

“Você deve ter o número errado”, disse Moore. “E onde fica Hayden, Califórnia?”

A funcionária disse que ela escaneou o microchip de Harriet e encontrou as informações de Moore. Ela disse que estava ligando de Hayden, Idaho — cerca de 17 horas de carro e mais de 2.500 quilômetros de distância do rancho de Moore.

“Fiquei completamente chocada”, disse Susan.

Vicky Nelson, diretora de desenvolvimento da Kootenai Humane Society, onde o gato foi deixado, ficou igualmente perplexa. Ela disse que Harriet foi encontrada vagando pela pequena cidade de Hayden, alguém a encontrou e a trouxe para o abrigo.

“Eu gostaria que ela pudesse falar porque eu gostaria de saber como diabos ela chegou até Idaho”, disse Susan.

O paradeiro de Harriet e os métodos de sobrevivência por quase uma década permanecem um mistério, mas tanto Susan quanto Vicky têm algumas teorias. A explicação mais provável é que depois que Harriet se afastou, alguém a pegou na Califórnia, a manteve como animal de estimação e depois se mudou para Idaho, onde ela fugiu novamente.

“Alguém estava cuidando bem dela”, disse Vicky, acrescentando que Harriet está muito saudável. Para ela, Harriet é um estudo de caso sobre a importância do microchip.

Ao final da surpreendente história, Susan pediu a um irmão seu, que mora em Idaho, se ele poderia pegar Harried e mandá-la de volta. Mas logo ponderou que a gata, agora com 13 anos, havia ficado tanto tempo distante que talvez nem se lembrar dela. Ao final, uma das voluntárias do abrigo, Maureen Wright, que se apaixonara pela gata, entendeu-se com Susan e acabou levando Harriet para casa, agora rebatizada Isis.