CIÊNCIA
Resultado da colisão do DART com o Dimorphos

Asteroide atingido por sonda espacial deixa rastro de 10 mil km no espaço

Efeito mostra que choque foi potente, mas Nasa ainda não sabe se ele foi suficiente alterar rota do corpo celeste

Por: Mario Augusto
Da redação | 5 de outubro de 2022 - 13:04
Resultado da colisão do DART com o Dimorphos

O asteroide Dimorphos, que foi atingido intencionalmente pela sonda Dart da Nasa, na primeira experiência desse tipo para simular ataque para desviar corpos celestes em rota de colisão com a Terra, produziu uma imagem única no espaço. Um rastro de mais de 10 mil quilômetros de detritos chamou a atenção dos cientistas e foi registrado pelo telescópio SOAR.

A imagem, gravada dois dias após a colisão, mostra uma pluma parecida com a cauda de um cometa se espalhando atrás da rocha gigante. Os cientistas dizem que o rastro ainda ficará maior até que se dissipe completamente e se transforme em poeira espacial comum.

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Teddy Kareta, o astrônomo que fez o registro comemorou o feito. “É incrível a clareza com que conseguimos capturar a estrutura e a extensão das consequências nos dias seguintes ao impacto”, disse.
Rota está sendo monitorada

Agora, os cientistas trabalham para confirmar se o teste deu certo, ou seja, se a trajetória do asteroide foi realmente alterada. Os movimentos do asteroide serão monitorados pelas próximas semanas e meses até que os astrônomos tenham essa resposta. Eles analisarão as mudanças na órbita do Dimorphos em torno de outro asteroide chamado Didymos.

“Alterar a rota de um asteroide é uma possibilidade incrível de proteção para a Terra”, afirma Lori Glaze, diretora da Nasa. (Foto: Flickr)

A missão Dart custou US$ 325 milhões. A espaçonave da Nasa colidiu intencionalmente com o asteroide para desviar o seu curso. O choque programado resultou na destruição da sonda.

“Estamos embarcando em uma nova era da humanidade, uma era em que potencialmente temos a capacidade de nos proteger de algo como um perigoso impacto de asteroide. É incrível; nunca tivemos essa capacidade antes”, destacou Lori Glaze, diretora de ciência planetária da Nasa.

Resultado da colisão do DART com o Dimorphos

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