INTERNACIONAL
Foto de Ibrahim Boran, na Unsplash

União Europeia prepara-se para uma nova batalha financeira contra a Rússia

Países do bloco planejam ajuda para que empresas europeias, ameaçadas por novas taxas, possam deixar o mercado russo

Por: Carlos Taquari
Da redação | 17 de maio de 2023 - 20:55
Foto de Ibrahim Boran, na Unsplash

A União Europeia estuda meios para facilitar a retirada de empresas dos países do bloco que tenham de deixar a Rússia. O comando da UE prepara uma nova rodada, a 11ª, de sanções contra a Rússia, por conta da invasão da Ucrânia. Diante disso, os analistas do bloco, em Bruxelas, preveem que a Rússia vai adotar novas represálias contra o Ocidente e o mais provável é a imposição de taxas mais altas para continuar operando no país.

De acordo com esses analistas, a taxação de empresas da Europa, além de uma represália de Moscou contra o Ocidente, teria outro objetivo: levantar recursos para sustentar a guerra na Ucrânia. Nesse contexto, a União Europeia espera impedir que as empresas dos países do bloco acabem contribuindo, ainda que indiretamente, com o esforço de guerra do governo de Vladimir Putin.

Até agora, as sanções aplicadas pela União Europeia contra a Rússia permitiram o congelamento de bens e contas bancárias de 1.600 pessoas físicas e empresas da Rússia. A nova rodada deve incluir mais 100 nomes a essa lista.

Mais de 1.000 empresas estrangeiras, de vários países, deixaram a Rússia no ano passado, de acordo com o estudo realizado pela Universidade de Yale, dos EUA. Mas muitas gigantes permanecem no mercado russo.

Aquelas que permanecem 

União Europeia prepara batalha financeira contra Rússia

UE não quer que empresas do bloco contribuam para o esforço de guerra de Moscou. (Foto de Christian Lue, na Unsplash)

No setor bancário, ainda permanecem na Rússia o Deutsche Bank, ING Bank e UniCredit, entre outros. Na área de energia, a Total, Engie e OMV.

Na moda, Armani, Benetton, Diesel e Lacoste. A lista inclui ainda a austríaca Red Bull, a holandesa Heineken, a rede francesa de hotéis Accor e a alemã do setor de equipamentos, Bosch.

Nos últimos tempos, permanecer na Rússia é um jogo calculado de risco à reputação versus resultado financeiro.

De acordo com as sanções em vigor, escritórios de advocacia dos países da UE estão proibidos de oferecer serviços para clientes da Rússia. Mas, agora, esta restrição deve ser parcialmente alterada, de forma a permitir o descongelamento de transações comerciais ou financeiras que ficaram bloqueadas por conta da sanção. Da mesma forma, serão permitidas transferências financeiras para empresas russas, desde que sejam necessárias para concluir acordos de vendas de produtos e outras transações.

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