Rede social já lidera no tempo de engajamento de usuários e amplia receita
O engajamento da rede social chinesa, nos Estados Unidos, já supera o grupo Meta, com Facebook e Instagram. Em média, o usuário do TikTok naquele país, passa 19,6 horas por mês na plataforma. No Facebook, a média é de 16 horas e, no Instagram,11,2 horas. Mas, quanto ao número de usuários, o Facebook lidera com ampla vantagem: 2 bilhões e 912 milhões, para 1 bilhão do TikTok. Já o Instagram vem em segundo com 1 bilhão e 452 milhões de usuários.
A plataforma chinesa de vídeos curtos, criada em 2016, com o nome de “Musical.ly”, começou a fazer sucesso depois de aderir à divulgação de publicidade. Isso ocorreu nos últimos dois anos. Logo após a iniciativa, o número de usuários cresceu rapidamente, o que a tornou a rede com mais engajamento nos dias atuais, em tão pouco tempo. Ou seja, os internautas costumam curtir, comentar e compartilhar mais conteúdo do TikTok, no dia a dia, do que em outras redes sociais.
A batalha dessas gigantes da Internet é travada em várias frentes. Por exemplo, o Instagram lançou o Reels, ferramenta de vídeos curtos, na tentativa de atrair o público que hoje navega pela rede chinesa. Ao reagir, o TikTok criou um fundo de US$ 200 milhões, para pagar criadores de conteúdo. E não descarta a possibilidade de aumentar esse valor para US$ 1 bilhão, nos próximos anos.
No Instagram, pelo próprio recurso diário de postagens de vídeos e fotos, os stories, é possível encontrar postagens compartilhadas da rede social chinesa. O mesmo ocorre com o Facebook. Ainda mais com o crescimento da publicidade paga para os chamados influencers, que, atualmente, são os grandes responsáveis pelo lucro de grandes marcas na internet.
Lucas Uller, de 22 anos, faz parte dessa leva de influenciadores que surgiram com o Tik Tok. Ele já usava a plataforma desde quando tinha o nome de Musical.ly. Mas foi durante a pandemia que ele conseguiu explodir na rede, ao fazer postagens engraçadas. Hoje, o influenciador tem mais de um milhão de seguidores, que o acompanham no dia a dia. Uller conta que o Tik Tok mudou a vida dele completamente. E que, dificilmente, sai na rua sem ser reconhecido por alguém.
A rede social também faz parte do cotidiano da Lucila Braz, 21, estudante de Administração. Ela diz que começou a usar o Tik Tok no início da pandemia, em 2020. Desde então, não parou mais. Embora o foco dela não seja fazer postagens, em um dos vídeos postados o alcance foi de 3.408 visualizações. Lucila conta que passa a maior parte do tempo assistindo as gravações de outras pessoas, porque acha divertido. Para ela, o Tik Tok não serve apenas para ver coisas engraçadas, mas vídeos que também podem proporcionar algum aprendizado. Tudo em apenas 30 segundos.