A guerra na Ucrânia está provocando uma verdadeira onda de sanções entre Rússia e nações ocidentais que não se restringem ao ambiente econômico. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgou uma lista de 25 altos funcionários, empresários e atores dos Estados Unidos e informou que eles estão proibidos de entrar no país.

Ben Stiller, que é embaixador da ONU para refugiados, está proibido de entrar na Rússia. Foto: ACNUR.

A “stop list”, como é chamada, está recheada de nomes conhecidos. As estrelas de Hollywood Ben Stiller, Sean Penn e Morgan Freeman ainda que quisessem, não poderiam entrar no país. Eles se juntam a nomes como o do presidente dos EUA, Joe Biden, o ex-primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a nova primeira-ministra, Liz Truss, além de dezenas de outras personalidades.

Em contra partida, empresários e políticos ligados a Putin também receberam proibições de viagens a vários países do Ocidente. Na mesma linha o Kremlin divulgou a lista das pessoas que não são bem-vindas no país. O documento é extenso e conta com mais de mil nomes.

Conflito diplomático

O Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, justificou a divulgação da lista. “As ações hostis das autoridades americanas, que continuam seguindo um curso russofóbico, destruindo os laços bilaterais e aumentando o confronto entre a Rússia e os Estados Unidos, continuarão sendo rechaçadas resolutamente”.

Os atores americanos Ben Stiller e Sean Penn entraram na “lista dos odiados” da Rússia porque vêm criticando abertamente a invasão da Ucrânia. E mais do que isso. Ambos visitaram Kiev após o início do conflito.

Ator declara: “Meu herói”

Ben Stiller, que é embaixador do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR), deixou claro seus sentimentos pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em uma viagem que fez ao país para marcar o Dia Mundial do Refugiado, em junho deste ano.

Em vídeo divulgado na internet o ator americano agradece a Zelensky por “tirar um tempinho” para conhecê-lo e afirma sem cerimônia: “Você é meu herói, você é incrível”.

Da mesma forma, Sean Penn, que é conhecido por seu ativismo político, deixou a Ucrânia em março deste ano, enquanto filmava um documentário sobre o conflito. Mais tarde, ele disse que pensou na possibilidade se juntar às forças ucranianas para lutar contra a Rússia.