Presidente ultrapassou limite de velocidade .... mas com uma charrete
O presidente era Ulysses S. Grant – sim, aquele mesmo que liderou as tropas da União, na vitória contra os Confederados, na guerra de sucessão. Entre suas diversões favoritas estava a corrida de charretes, que disputava com os amigos, nas principais vias de Washington.
Naqueles tempos, 1872, já existiam limites de velocidade para as charretes e carruagens. Grant foi parado num determinado dia e levou uma advertência do policial, por ultrapassar o limite.
No dia seguinte, repetiu a infração. Então, o policial, William West, um ex-soldado negro que havia servido no Exército da União, na guerra liderada por Grant, deu voz de prisão ao presidente.
Grant não tentou usar de sua autoridade para escapar da punição. Ao contrário, disse que apoiava o policial, “porque ele estava cumprindo seu dever”. E mais: deu carona a West em sua charrete, até o posto policial onde foi autuado. Pagou fiança de US$20 (hoje equivalentes a US$500, cerca de 2 mil e 600 reais) e foi liberado.
Os amigos de Grant, que também disputavam a corrida, também foram autuados e tiveram de pagar fiança.
Embora tenha ocorrido em 1872, o caso só foi revelado em 1908, quando o jornal The Sunday Star resgatou a história e entrevistou William West, então já aposentado. Mais tarde, o fato foi confirmado pelo Departamento de Polícia de Washington.
Nixon e Clinton
Na história mais recente dos Estados Unidos, outros presidentes já foram investigados, mas nenhum deles preso. Bill Clinton escapou por pouco da prisão, por conta de seu envolvimento com uma estagiária da Casa Branca, Mônica Levitsky, com quem teve um caso, admitido por ela, mas negado por ele.
Richard Nixon se envolveu no episódio de Watergate – a invasão do Comitê do Partido Democrata, em Washington, em 17 de Junho, de 1972. Nixon e alguns de seus principais assessores da Casa Branca, tentaram encobrir o envolvimento do governo na invasão, mas o caso foi revelado em detalhes pelo jornal Washington Post. Ameaçado de impeachment, Nixon renunciou e, mais tarde, recebeu um perdão de seu sucessor, Gerald Ford, também republicano, como ele.
