Calor extremo afeta mais a saúde dos parisienses do que em centenas de outras cidades do continente
Um estudo realizado por instituições de pesquisa de saúde da Alemanha, Suíça, Noruega e Itália abordou a questão dos riscos para os moradores de 854 cidades, em áreas urbanas da Europa. E a conclusão principal é de que, no Verão, Paris é a cidade que oferece maior risco para os idosos, quando as temperaturas alcançam recordes durante dias ou semanas. Em segundo lugar vem Amsterdã, na Holanda, em Zagreb, na Croácia.
O levantamento mostra que, para os idosos em geral, especialmente, aqueles acima de 85 anos, a concentração do calor nas áreas cercadas por muitos edifícios, com baixa circulação de ar, aumenta de forma acentuada os riscos de problemas respiratórios e cardíacos, que podem se tornar fatais.
Paris é particularmente vulnerável, segundo o estudo, por causa do tipo de material utilizado nos telhados dos prédios de moradia, especialmente o Zinco, que acumula calor. Além disso, faltam mais áreas verdes entre os prédios, com exceção de alguns bairros situados nas proximidades de parques.
O estudo mostra que a média de temperaturas no verão vem aumentando, passando dos 40 graus no alto Verão. E a tendência é aumentar, por conta do aquecimento global.
O estudo incluiu as 854 cidades, em 30 países do continente. Participaram, entre outras instituições, o Medical Research Council do Reino Unido; o Instituto de Epidemiologia de Munique, na Alemanha; o Instituto de Saúde Pública de Oslo, na Noruega; e o Instituto de Medicina Preventiva, da Universidade de Berna, na Suíça.