Chefe da ONU diz que acordos internacionais anteriores não são cumpridos e que aquecimento segue em ritmo acelerado
Na abertura da Cúpula do Clima, a COP27, o chefe da Organizações das Nações Unidas, António Guterres, disse em seu discurso que a humanidade está “à beira do inferno” e que todos devem “cooperar ou perecer”.
O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou que vai propor uma “missão global para o crescimento limpo”, quando discursar para a cúpula de líderes, mais tarde
Em seus relatórios preparatórios para a 27ª reunião mundial do Clima, a ONU alerta que o progresso na redução das emissões que causam o aquecimento global tem sido “lamentavelmente inadequado”, desde a COP26 em Glasgow no ano passado.
Nos cálculos científicos em que se baseiam os estudos da ONU, o planeta já aqueceu 1,1°C desde os tempos pré-Revolução Industrial (na segundo metade do século XVIII, iniciada na Inglaterra e seguida por toda a Europa).
E os cientistas dizem que os aumentos não devem superar 1,5°C até 2100 para evitar os piores efeitos climáticos, como secas persistentes, chuvas destrutivas, além de furacões e poluição do ar e dos mares.
Mas para especialistas em clima, a persistirem políticas de redução de emissões entre os países do mundo, que não cumpriram os acordos das COPs anteriores, o ritmo de emissões em prática hoje levaria a temperatura média do planeta a bater até nos 2,8°C ao final deste século.
Neste sentido, os países pobres pressionam nas últimas décadas por compensação financeira dos países ricos, responsáveis pela maioria das emissões históricas históricas e que trouxeram o mundo ao atual estado climático. E isso está em jogo também nesta COP27.