Nenhum brasileiro assinou o documento, divulgado no Fórum Econômico de Davos
Mais de 200 bilionários e milionários, além de artistas e personalidades do show-business, assinaram documento divulgado no Fórum de Davos, na Suiça, pedindo para pagar mais impostos. Esse é um caminho, segundo eles, para reduzir as desigualdades, “aliviando a tensão do custo de vida das famílias mais pobres”, conforme assinala o documento.
Na carta aberta dirigida aos participantes do Fórum, os signatários afirmam que é preciso combater a riqueza extrema e tributar os “ultrarricos” com o objetivo de promover uma ofensiva contra a desigualdade observada na maioria dos países.
A maioria dos signatários é formada por bilionários e milionários dos Estados Unidos. Entre eles também se encontram alguns herdeiros famosos, como Abigail Disney, uma das herdeiras do Grupo Disney. Mas o grupo também inclui celebridades de Hollywood, como o ator Mark Ruffalo.
Eles se apresentam como “pessoas de alto patrimônio líquido, que compartilham uma profunda preocupação com o nível desestabilizador da desigualdade”. O documento pede medidas urgentes para mudar a política tributária nos países: “Taxe os ultrarricos e faça isso agora”.
Intitulada “Custo da Riqueza Extrema”, a carta explica que cobrar mais impostos dos mais ricos é uma medida simples, de bom senso, que pode levar a resultados imediatos. “Trata-se de um investimento em nosso bem comum e num futuro melhor que todos merecemos e, como milionários, queremos fazer esse investimento”.
Em seguida, o texto questiona a falta de medidas concretas no Fórum Econômico Mundial, realizado todos os anos, em Davos. A edição de 2023, intitulada “Cooperação em um mundo fragmentado”, não levará a nada se não forem adotadas medidas práticas para desafiar a raiz dos problemas mundiais, que está na desigualdade, alerta o documento.
Por último, a carta chama a atenção para o fato de que a defesa da democracia e da cooperação requer uma ação concreta visando a construção de economias mais justas agora e não num futuro remoto. “Esse não é um problema que pode ser deixado para os nossos filhos resolverem”, conclui o documento.