ECONOMIA
Foto de Yeh Xintong, na Unsplash

Grave crise na Itália. Os preços das massas dispararam

Diante de um aumento médio de 25%, o governo cobra explicações dos fornecedores

Por: Carlos Taquari
Da redação | 11 de maio de 2023 - 20:55
Foto de Yeh Xintong, na Unsplash

Em apenas um ano, os preços das massas mais consumidas pelos italianos – spaghetti, rigatoni e penne – aumentaram, em média, até 25%, o que deixou os consumidores irritados. Um pacote de 1kg de uma dessas massas está custando 2,13 euros (quase 12 reais), enquanto há um ano o preço era de 1,70 euros.

O ministro do Comércio, Adolfo Urso, cobrou explicações dos produtores de massas e dos fornecedores de trigo e, antes de qualquer resposta, o governo deixou claro que os aumentos, registrados desde o ano passado, são injustificáveis. Representantes das indústrias do setor prometeram ao governo que os preços vai baixar “em breve” e garantiram que os reajustes eram apenas temporários.

A explosão nos preços surpreendeu os consumidores por vários motivos. Primeiro, porque a média da inflação para os preços dos alimentos, calculada pelo departamento de estatísticas da União Europeia, é de 8,1%. Segundo, porque a escassez de trigo, provocada pela guerra na Ucrânia, foi contornada após a retomada nas exportadores de trigo daquele país para a Europa, que havia sido interrompida no início do conflito. Apesar disso, acredita-se que alguns produtores subiram os preços artificialmente, utilizando a desculpa dos efeitos da guerra.

Grave crise na Itália. Os preços das massas dispararam

Italianos irritados com os preços das massas. (Foto de Danijela Prijovic, na Unsplash)

A questão dos preços das massas na Itália é um problema de grande impacto na opinião pública. Em média, cada cidadão italiano consome cerca de 23 quilos de massa por ano, de acordo com dados da Assoutenti, um grupo de defesa dos direitos dos consumidores. Esta associação também chama a atenção para o fato de que há uma grande disparidade nos preços, dependendo da região do país. Em Siena, na região da Toscana, por exemplo, os aumentos chegaram a 58%, enquanto em Alessandria, na região Noroeste, os reajustes ficaram em torno de 4,6%.

Um porta-voz da Unione Italiana Food, que representa os produtores, argumentou que o preço final para os consumidores não depende apenas do trigo, mas também das embalagens, da logística e, principalmente, dos combustíveis para o transporte, que sofreram vários reajustes, nos últimos meses.

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