A meta global de 1 trilhão é ambiciosa, mas alcançável, além de necessária, garantem os especialistas
Mais de 80 empresas de diversos setores, como mineração, tecnologia, petróleo e alimentos, se comprometeram a conservar, restaurar e plantar 1 trilhão de árvores, até 2030. A iniciativa faz parte do projeto “1t.org Corporate Alliance” do Fórum Econômico Mundial que, atualmente, já cuida de 7 bilhões de árvores, em 65 países.
O projeto parte do princípio de que conservar e restaurar áreas degradadas de florestas é essencial para combater as mudanças climáticas e evitar a perda da biodiversidade. Cerca de 44 trilhões de dólares, o equivalente a cerca de metade do PIB global, estão em risco devido à perda da natureza.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, reunido em Davos, na Suíça, a meta global de 1 trilhão é ambiciosa, mas alcançável, além de ser extremamente necessária.
O alerta é de que a medida que as árvores desaparecem, os serviços que elas oferecem são prejudicados: a diminuição da produtividade dos solos, acesso à água potável e o aumento de eventos climáticos extremos.
Calcula-se que o planeta já perdeu quase metade dos 6 trilhões de árvores da Terra antes do início da agricultura, 12.000 anos atrás. A estimativa é que, a cada ano, perde-se cerca de 15 bilhões a mais. Por isso, a necessidade de cada vez mais empresas se comprometerem com a conservação e o cultivo das árvores de forma emergencial.
O Fórum Econômico Mundial também tem defendido que as empresas devem investir nos meios de subsistência de comunidades locais. Pequenos agricultores e aldeias indígenas acabam conservando e restaurando os ecossistemas, seja de fauna e flora, nos locais onde se instalam.
Além destes compromissos florestais, a iniciativa “1t.org”, criada em 2020, incentiva as empresas a definir uma meta de redução de emissões de gases poluentes, baseada em um padrão já estabelecido. A meta de diminuir a temperatura do planeta em 1,5C até 2050 foi delimitada pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas em 2018 e discutido na última Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas, no Egito em 2022.