Um tribunal de Minsk, capital da Bielorussia, condenou a líder da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, a 15 anos de prisão, por atividades contra o regime. Mas Sviatlana, que vive no exílio, não terá que cumprir a pena, ao contrário de outros ativistas do movimento pró-democracia na Bielorussia. Recentemente, ela participou do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suiça, à convite da União Europeia.

O país é governado há 30 anos pelo ditador Alesander Lukashenko, fiel aliado de Vladimir Putin. Em 2020, Sviatlana disputou a presidência com Lukashenko, que venceu mas foi acusado de fraude pela oposição.

Na semana passada, a justiça local, fortemente controlada pelo regime, condenou o ativista Ales Bialiatski, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2022, por sua luta em defesa da democracia na Bielorussia, a 10 anos de prisão. Bialiatski, que vive em Minsk, está preso e terá que cumprir a pena.

Outro líder da oposição, Pavel Latushhko, recebeu uma pena de 18 anos de prisão. Outras três pessoas foram condenadas a 12 anos. Organizações de defesa dos direitos humanos calculam que existem pelo menos 1.500 presos políticos no país.

Ao tomar conhecimento da sentença, Sviatlana divulgou mensagem no Twitter, com as seguintes palavras:

“15 anos de prisão. É assim que o regime “Premia” meu trabalho em favor de mudanças democráticas na Bielorussia. Mas, hoje, não penso na minha sentença. Eu penso nos milhares de inocentes presos & sentenciados a penas reais. Eu não vou parar até que cada um deles seja libertado”.

(((https://www.euronews.com/2023/03/06/exilied-belarusian-opposition-leader-svetlana-tikhanovskaya-sentenced-to-15-years-in-priso)))