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Foto premiada com o Pulitzer, mulher grávida socorrida na guerra/Associated Press

Das tragédias da guerra ao drama dos imigrantes, grandes reportagens de 2022

Associated Press, The Washington Post e The New York Times, mais uma vez entre os premiados com o Pulitzer

Por: Carlos Taquari
Da redação | 8 de maio de 2023 - 20:16
Foto premiada com o Pulitzer, mulher grávida socorrida na guerra/Associated Press

A agência de informações, fotos e vídeos Associated Press (AP) foi uma das ganhadoras do Prêmio Pulitzer, o mais importante do jornalismo, nos Estados Unidos, na categoria serviço público e notícias urgentes, pela cobertura da guerra na Ucrânia, incluindo o cerco à cidade de Mariupol.

O jornal The New York Times foi premiado na categoria Reportagem Internacional, também pela cobertura da guerra, especialmente o massacre de civis ucranianos pelas tropas russas, na cidade de Bucha, Ucrânia.

Pela AP, foram premiados o fotógrafo Eugeniy Maloletka, o vídeojornalista Mstuslav Chernov, a produtora Vasilisa Stepanenko e a repórter Lori Hinnant. Durante três semanas, os profissionais da AP eram a única equipe de jornalistas internacionais em Mariupol. Nesse período, eles registraram impressionantes imagens de civis mortos ou feridos pelos bombardeios russos, incluindo o resgate de uma mulher grávida e ferida.

O vice-prefeito de Mariupol disse que as imagens da agência chamaram a atenção do mundo para o que estava acontecendo lá e ajudaram a aumentar a pressão da Rússia para permitir a abertura de um corredor de emergência, o que permitiu salvar milhares de vidas de civis.

“Não é exagero dizer que, com esse trabalho a equipe realmente prestou um serviço público”, afirmou a editora-executiva da AP, Julie Pace. “Eles mostraram ao mundo o custo desta guerra em vidas humanas, nos primeiros dias de combate. Eles serviram como um contrapeso à desinformação promovida pela Rússia e contribuíram para a abertura de um corredor humanitário graças à importância de seu trabalho”.

A repórter Caroline Kitchener, do Washington Post, foi premiada pelo seu trabalho mostrando as consequências da derrubada, pela Suprema Corte, da lei que permitia o aborto, nos EUA, incluindo a história de uma adolescente do Texas, de apenas 15 anos, que teve negado o pedido para a interrupção da gravidez e acabou dando à luz a gêmeos.

Por sua vez, a repórter Caitlin Dickerson, da revista The Atlantic, foi premiada na categoria Jornalismo Aprofundado, por seu trabalho que expôs o drama dos imigrantes na fronteira dos EUA com o México, incluindo as consequências da política do governo Trump de separar as crianças de seus pais.

No total, foram distribuídos prêmios para 15 categorias no Jornalismo, além de oito em artes, incluindo livros, música e teatro. Cada ganhador recebe um prêmio de 15 mil dólares (cerca de 75 mil reais).

Esse prêmio foi criado pelo jornalista Joseph Pulitzer, um dos grandes nomes do jornalismo, nos Estados Unidos, entre o final do século 19 e começo do século 20. A primeira premiação ocorreu em 1917.

 

 

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