A maioria, 215, são ucranianos militares e civis, além de 55 soldados russos e 10 estrangeiros
A Ucrânia comemora a libertação de mais de 200 prisioneiros de guerra que estavam em poder das forças russas. Entre os prisioneiros libertados estão três mulheres grávidas e mais de 100 soldados do Batalhão Azov, tratados como heróis pela resistência ucraniana em uma siderúrgica em Mariupol, cidade ano sul da República Popular de Donetsk, dominada pela Rússia, embora seja internacionalmente reconhecida como parte da Ucrânia.
Cinco cidadãos britânicos e dois soldados norte-americanos também foram libertados e já voltaram para os seus países. Os demais prisioneiros libertados são da Grã-Bretanha, Marrocos, Suécia e Croácia e lutavam pela Ucrânia.
É a maior troca de prisioneiros desde o início da guerra, em fevereiro. O acordo só foi possível graças à intermediação da Arábia Saudita e da Turquia.
Enquanto isso, na Rússia, houve um levante contrário à convocação de 300 mil reservistas para reforçarem as tropas militares na guerra da Ucrânia. De acordo com a organização russa de direitos humanos OVD-Info, mais de 1.300 manifestantes foram presos em protestos.
Dados não oficiais indicam que a Rússia já prendeu pelo menos 16.437 pessoas que participaram de protestos contra a guerra na Ucrânia desde fevereiro deste ano. Segundo a OVD-Info, pelo menos 224 pessoas foram denunciadas em ações criminais e podem ser condenadas a até 15 anos de prisão por terem protestado contra a guerra.
Engrossando o movimento de insatisfação com a guerra um número crescente de cidadãos russos estão deixando o país por terra, ar e mar. A saída tem sido buscar refúgio em países que não exigem visto de entrada. Desde o anúncio da convocação extraordinária de reservistas, aumentou o movimento na fronteira da Rússia com a Geórgia, país vizinho que tem recebido muitos cidadãos russos preocupados com as consequências da guerra.
Na fronteira, uma fila de veículos de pelo menos 5 km se formou do lado russo. A maioria dos egressos é de homens jovens que se enquadram na categoria dos que podem ser convocados para as frentes de batalha na Ucrânia.
Relatos de cidadãos russos que atravessaram a fronteira indicam que as pessoas estão saindo rapidamente do país, sem levar muita coisa, boa parte apenas com uma mala de roupas e o passaporte.