Pesquisa avaliou a diferença entre estar feliz e a felicidade plena
Muitas pessoas buscam por fórmulas mágicas para poder atingir a tão sonhada felicidade. Alguns acreditam que ter dinheiro é a chave para alcançar essa meta. Para outros, ter uma vida simples é o que vai levar ao real sentido da felicidade. A professora Jennifer Aaker, psicóloga da Universidade de Stanford, da Califórnia, nos Estados Unidos, afirma que o poder das escolhas é o que levará ao verdadeiro bem-estar na vida.
Estudo realizado pela professora, publicado no Journal of Consumer Research, indica que a felicidade é mal compreendida pela sociedade em geral. Uma explicação para isso é a dificuldade que as pessoas sentem em diferenciar a felicidade momentânea da duradoura. E, com um mundo globalizado e tecnológico, em que quase tudo é possível conseguir, rapidamente com poucos toques na tela do celular, a espera pela felicidade torna-se algo difícil para muitos.
A psicóloga afirma que na verdade tudo isso é um processo muito dinâmico. Ou seja, não existe uma resposta única para cada pessoa ou para a sociedade em geral. Cada um terá várias percepções sobre o que é a felicidade, ao longo da vida. Mas, segundo ela, a essência vai muito além do que faz a pessoa feliz em apenas um determinado momento. Ela dá o exemplo da paternidade, que “é frequentemente associada a um alto grau de significado (essência), mas nem sempre é divertido ou mesmo prazeroso. ”, explica ela.
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Para Aaker, para poder fazer uma escolha saudável é necessário prestar atenção nas lições do passado; fazer escolhas que ofereçam boas experiências na vida; e zelar pelo bem-estar do outro e do mundo.
O estudo de Jennifer concluiu que a essência da felicidade depende de “como as pessoas escolhem gastar seu tempo e dinheiro. Com isso em mente, uma alternativa é se perguntar: ‘O que me faria feliz? ’ vs. ‘O que seria significativo? ’”, visto que esse sentimento vai muito além do prazer imediato. Porém, mesmo com uma conclusão no trabalho dela, a psicóloga ressalta que o tema é digno também de outras pesquisas.
De acordo com o relatório de 2022 do World Happiness Report, com base em pesquisas realizadas em 146 países, o Brasil se encontra em 38º lugar no ranking de felicidade do povo, ficando na frente de Portugal, Grécia e Japão. O levantamento levou em conta diversos fatores como: PIB, apoio social, expectativa de vida, liberdade de escolhas, generosidade, percepções sobre corrupção do governo, e sentimentos positivos e negativos.